Expressões diminutas sobre temas indefinidos, registradas de forma breve e impensada, quase sempre insensatas, mas eventualmente geniais. Pensamentos dispersos publicados em intervalos de tempo inconstantes e imprevisíveis. Num único parágrafo.
C_ns__ nt_s
Ei, o__e e__ão a_ _o__oa__e_? O _ue a_o__e_eu _o_ a_ _o__oa__e_? A__i_ _ão _á _a_á__a_o _ue _e_i__a...
Que dureza!
Saí do Banco Bradesco em direção ao Cartório de Imóveis acompanhado de um colega. Percorríamos o primeiro terço de uma subida, muito íngreme, que separava os dois estabelecimentos. Subitamente, o celular do meu colega toca e ele, conversando com a pessoa do outro lado da linha, diz "[...]sim, estou com ele[...]estamos indo para o Cartório de Imóveis[...]não, agora não podemos[...]não podemos[...]se pararmos de andar vai ser difícil o Segatto engrenar de novo", e em seguida desliga o telefone e continua conversando como se nada tivesse acontecido.
Ops!
Na cama, Ramona era mesmo imbatível. Rapaz, melhor foda que eu já tive - e já devo ter comido bem umas 200 mulheres por aí. Ramona era linda. Seios empinados, bunda levemente arqueada, lordose perfeitamente angulada, olhos azuis, barriga reta e coxas grossas. Ramona conhecia técnicas tântricas que me faziam ir à loucura. Ficava ali, paradinha, com cara de safada, enquanto as paredes internas da vagina se contorciam. E Ramona gozava, de verdade. Não era aquele gozo tímido, complicado e misterioso. Nada disso, ela gozava expansivamente. O problema é que, depois de toda essa epopeia sexual, a vagina de Ramona peidava. Nada demais, era o ar que entrava por ali. O problema é que ela se virava para mim (terminávamos quase sempre o coito com ela de quatro) e dizia, encabulada, com um sorriso amarelo e o olhar dilacerado, em posição de desvantagem: ops!
Reencontro!
Saí do salão para fumar sem incomodar aos demais. Uma pessoa se aproxima, saca um cigarro e começa a fumar ao meu lado. Quando olho para a pessoa, pronto! Estava lá o safado! Com o mesmo sorriso de treze anos atrás, quando nos conhecemos de verdade! O rosto iluminado com um sorriso maroto como quem dissesse "estou aqui". Um bilhão de coisas passaram por minha cabeça. Mas em um segundo, só havia me restado dois sentimentos: uma vontade maluca de abraçar apertado aquele cara e o inconformismo de ter me esquecido desta vontade por tanto tempo!
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