Expressões diminutas sobre temas indefinidos, registradas de forma breve e impensada, quase sempre insensatas, mas eventualmente geniais. Pensamentos dispersos publicados em intervalos de tempo inconstantes e imprevisíveis. Num único parágrafo.
Neisseria gonorrhoeae
Ela não queria me dar, de jeito nenhum. E aqui não tem metáfora, de jeito nenhum. Ela não queria me dar isso mesmo que você deve ter pensado quando leu a primeira frase do parágrafo: a boceta. Só deixava por os dedos médio e indicador, juntos, untados com cuspe. Eu insistia, insistia, insistia. Nem uma chupadinha ela deixava, de jeito nenhum. Até que uma noite ela bebeu, sem saber, um sonífero. Foi tiro e queda: trinta minutos depois lá estava eu com o meu mebro dentro dela, em movimentos rápidos de ida e volta. Um mês depois acordei com sensação de queimação ao urinar, uma descamação amarelada no pênis e os testículos doloridos. Descobri que o que a filha da puta tinha não era pudor. Era gonorreia.
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2 comentários:
ahauhauahuah!
Excelente!
Putz. E quantos já não passaram por essa...
Muito bom o conto, gostei.
Abração à galera.
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