Take 01nico
[mocinha dirigindo tensa e ansiosa]
Faltam apenas 9 km para finalmente chegar em casa, depois de três paradas e um reservatório de água fervendo. Uma nova parada obrigatória no posto de gasolina mais próximo. Saio do carro. Levanto o capô. Me posiciono ao lado do carro, com um galão de água. Ele olha para trás, deixa o seu carro que estava sendo lavado e desloca-se em minha direção. Olha, abre a tampa, enche o reservatório. Está quente, muito quente. Pergunto seu nome. A recíproca nao é verdadeira. Mexe daqui e dali, resolve o suficiente para que eu chegue em casa. "Posso te acompanhar? assim se você precisar, estarei lá para te ajudar". [mocinha pensando] Uma última parada, não necessariamente obrigatória. Finalmente ele descobre meu nome. Ele me dá o seu telefone e vejo que a parada funcionou. Vou pra casa e ele segue o seu caminho. Um tempo depois o telefone toca. "Sim, cheguei bem, obrigada". Os dias passam e ele continua me seguindo. [mocinha pensa em voz alta: que maneira inusitada de começar um relacionamento].FIM
Um comentário:
A arte imita a vida. E a vida, imita alguém ou é única e original?
Gostei do texto, do blogue, muito bom!
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