Expressões diminutas sobre temas indefinidos, registradas de forma breve e impensada, quase sempre insensatas, mas eventualmente geniais. Pensamentos dispersos publicados em intervalos de tempo inconstantes e imprevisíveis. Num único parágrafo.
Tão nossa
Coisa velha essa coisa nossa. Velha como a memória dos corredores escolares, das tensões envergonhadas dos intervalos infinitos e dos esbarrões provocados. Coisa intensa essa coisa nossa. Intensa como a vontade de saltar pela tela, comer um ao outro, devorar essa coisa nossa como se o tempo nosso tivesse se esgotado. Mas ele não se esgotou, apenas começa. Coisa louca essa nossa. Louca como a vontade de chutar tudo, de largar todos, de fugir sem destino. E o destino? Coisa nossa essa coisa tão nossa.
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3 comentários:
Bem assim. E dá essa vontade mesmo. Coisa louca essa coisa "nossa".
[]s
Muito bom Gabo.
Eita, Gabonildo!
Essa tensão dos intervalos e dos empurrões provocados: você teve a manha de resgatar talvez a imagem mais ansiosa da minha infância. Nostalgia e alívio por ja ter crescido.
Mas penso agora (AGORA MESMO): de que adiantou já que sinto parecido...
E definitivamente, nós aqui, meu caro, desse mundo nosso, sabemos bem o que é essa tal de coisa nossa!
Bizú a tuá!
Lindo, Gabo!
Sensível e intenso, como só você sabe escrever!
Pretty good! ;)
=)***
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