O homem que sabia demais

Trabalhava com telemarketing há anos. Todas as madrugadas passava longas e intermináveis horas ao telefone, ligando para casas de pessoas do outro lado do mundo para fazer pesquisas. Perguntava a elas de tudo - hábitos alimentares, uso das listas telefônicas, comportamento sexual, preferências de produtos, tudo. As pessoas o ofendiam, desligavam o telefone na cara dele, gritavam. Mas muitas respondiam as longas pesquisas e contavam o que ele precisava saber para anotar nos formulários. Um dia, entre uma ligação e outra, sacou da gaveta um revólver, colocou-o na boca e atirou. Ele sabia demais.

4 comentários:

A Especialista disse...

nossa, mas que trágico!!!
bj's
Dan

Ana Elisa / Lili disse...

Gabo querido...fiquei assustada...hehhehe
Qualquer semelhança é mera coincidência?????? NÉ??????????????!!!!!!!!!!!
hehehehehhe
Bjos

Ana Néca disse...

Dura realidade, meu caro...

Mas a morte do seu texto tenho eu a certeza de que significa outra coisa: renascimento!

Sou completamente a favor de tiros na boca de "projetos" não realizáveis!!!!

Beijos!

Gabriel Toueg disse...

Sei la, Ana, se esse paragrafo foi assim tao metaforico... Sei la...