Expressões diminutas sobre temas indefinidos, registradas de forma breve e impensada, quase sempre insensatas, mas eventualmente geniais. Pensamentos dispersos publicados em intervalos de tempo inconstantes e imprevisíveis. Num único parágrafo.
O homem que sabia demais
Trabalhava com telemarketing há anos. Todas as madrugadas passava longas e intermináveis horas ao telefone, ligando para casas de pessoas do outro lado do mundo para fazer pesquisas. Perguntava a elas de tudo - hábitos alimentares, uso das listas telefônicas, comportamento sexual, preferências de produtos, tudo. As pessoas o ofendiam, desligavam o telefone na cara dele, gritavam. Mas muitas respondiam as longas pesquisas e contavam o que ele precisava saber para anotar nos formulários. Um dia, entre uma ligação e outra, sacou da gaveta um revólver, colocou-o na boca e atirou. Ele sabia demais.
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4 comentários:
nossa, mas que trágico!!!
bj's
Dan
Gabo querido...fiquei assustada...hehhehe
Qualquer semelhança é mera coincidência?????? NÉ??????????????!!!!!!!!!!!
hehehehehhe
Bjos
Dura realidade, meu caro...
Mas a morte do seu texto tenho eu a certeza de que significa outra coisa: renascimento!
Sou completamente a favor de tiros na boca de "projetos" não realizáveis!!!!
Beijos!
Sei la, Ana, se esse paragrafo foi assim tao metaforico... Sei la...
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